quinta-feira, 28 de abril de 2011

Operações Ship-to-Ship (STS)

Descrição

São operações de transferência de óleo cru e/ou derivados de petróleo, de um navio para outro, que podem ocorrer tanto com os dois navios navegando quanto com um deles fundeado.

Nas transferências entre navios os dois petroleiros devem observar integralmente as precauções de segurança exigidas para as operações de carga normais. Se as precauções de segurança não estiverem sendo observadas em um dos navios as operações não devem ser iniciadas ou, se em andamento, devem ser interrompidas.

As transferências entre navios executadas tanto no porto quanto no mar estão sujeitas a aprovação das autoridades locais, marítimas ou portuárias e tal aprovação pode estar vinculada a certas condições relacionadas aos procedimentos operacionais.

Todas as ações que envolvem essas operações são coordenadas por um Inspetor de Segurança Operacional Senior (Master Safety Inspector, Lightering Master ou STS Superintendent) que é designado para dar assistência aos comandantes dos navios durante as manobras de atracação e desatracação e, também, para supervisionar a transferência do produto durante todo o tempo que esta ocorrer.

Essa operação vem sendo realizada na modalidade "navio fundeado", em área abrigada da Baía da Ilha Grande, às proximidades da cidade de Angra dos Reis - RJ, dentro do quadrilátero determinado pelas coordenadas:

Latitude 23°05’42”S e Longitude 044°18’00”W;
Latitude 23°05’10”S e Longitude 044º16’42”W;
Latitude 23º06’42”S e Longitude 044°16’42”W;
Latitude 23°06’42”S e Longitude 044°18’00”W.


Essa operação integra o conjunto de operações realizadas pelo Terminal da Baía da Ilha Grande (TEBIG).

Os navios empregados nas operações STS são da frota da TRANSPETRO ou da frota afretada pela PETROBRAS. Os navios devem estar em conformidade com todas as normas aplicáveis às suas atividades.

O navio recebedor poderá ser um VLCC ou Suezmax, tipo convencional, e o navio aliviador, um Suezmax ou Aframax, convencional ou DP.


Síntese

O navio que contém a carga a ser transferida para o navio recebedor é chamado de Navio que Descarrega (Discharging Ship ou Ship To Be Lightened - STBL) cujo navio, geralmente, é o que será preparado para a atracação do navio recebedor ao seu contrabordo.

Considerando o que atualmente acontece no Porto de Angra dos Reis, este navio deve ser orientado a fundear, com o ferro de bombordo, com 8 manilhas mergulhadas, na área já determinada para essa operação. Nesse caso, o navio recebedor atracará por bombordo ao longo do seu costado de boreste, ficando os bordos oposto de cada navio livres para o acesso de pessoas e materiais, incluindo o lançamento das barreiras de contenção, avante e a ré.

Observação: a atracação somente poderá ser autorizada após o navio já se encontrar fundeado, portando pela amarra e adequadamente afilado a corrente prevalescente e as condições de ventos reinantes.

A preparação do navio que receberá o outro ao seu contrabordo consiste da instalação das chamadas defensas primárias, as quais são capazes de absorver a energia causada pelo impacto da atracação e largas o suficiente para manter o afastamento entre os dois navios prevenindo o contato entre eles no caso da ocorrência de balanços enquanto estiverem amarrados um ao outro.


O navio para o qual a carga será transferida do navio que descarrega é chamado de Navio Recebedor (Receiving Ship ou Lightering Ship) o qual, geralmente, é o que atracará ao longo do costado do navio que descarrega. Previamente a atracação, este navio já deverá estar equipado com defensas secundárias, que são defensas menores, instaladas suspensas (fora d'água) nas suas extremidades. Sua utilidade efetiva será prevenir o contato entre os navios durante as manobras de atracação e desatracação.

No TEBIG, por questões operacionais, estas são intaladas no navio que descarrega.

Uma operação STS inclui: aproximação, atracação, amarração, conexão de mangotes, transferência, desconexão de mangotes, desamarração e saída.

Aproximação

Manobra com um dos navios fundeado:





Atracação:


Amarração:



Conexão de Mangotes:



Transferência:


Desconexão de Mangotes:



Desamarração:



Saída:



Will be continued...